As maravilhas de um lugar exótico

As maravilhas de um lugar exótico

Como já dizia o ditado, viajar é preciso. Talvez “preciso” nem seja a palavra certa para definir a importância natural que surge no ser humano de conhecer novos lugares e saciar a curiosidade sobre o desconhecido. Palavras que, talvez, sejam mais próximas dessa sensação sejam “imprescindível” ou “fundamental”, afinal, somos levados a desbravar os detalhes do mundo que está fora da nossa zona de conforto.

“Zona de conforto” é um outro termo que quero levar em consideração hoje ao conversarmos sobre a necessidade natural de viagem. Quando pequenos, passamos parte de nossa vida imaginando se o mundo lá fora é exótico como nos filmes e desenhos, sonhando em nos aventurar entre montes inabitados, monges carecas e línguas indecifráveis para a nossa cultura. O tempo passa e a vida adulta nos reprime ao ponto de termos receio de uma experiência totalmente diferente que agregue novas visões sobre o mundo. Quando acreditamos ter perdido esse medo, buscamos passeios e viagens para onde nunca fomos, mas é comum saciarmos essa vontade em cidades diferentes, porém parecidas com a que vivemos e trabalhamos. É uma ilusão criada por nós mesmos para parecer que estamos em uma real aventura.

Não que haja algo de errado nisso, afinal, ao fazer esse tipo de viagem estamos menos propensos a imprevistos e complicações e mais disponíveis à tranquilidade do pouco esforço. Mas o que busco enfatizar é a sensação única e indispensável de dar o primeiro passo em um mundo completamente novo. Para alguns isso pode ser presenciar pela primeira vez as formações rochosas das ilhas do sudeste asiático ou trilhar caminhos quase desconhecidos pela floresta amazônica. Pode ser um dia de mergulho nas ilhas do Pacífico ou navegar pelos mares do Polo Norte. Pode ser um safari pela África ou degustar iguarias no extremo oriente. O importante é quebrar a inércia e se permitir viver experiências que você nunca viveria em sua rotina comum, aproveitar o tempo que quase não temos para trabalhar a construção de um novo “eu”, mais completo e rico em conhecimento de vida.

Aqueles sonhos de criança, alimentados pelos filmes e seriados de aventura, jogos de ação, desenhos animados e todas as outras mídias de ficção, se baseiam em muito do mundo real que pode ser acessado pessoalmente por qualquer pessoa. É o exemplo dos templos incas em Indiana Jones ou das ruinas dos templos Angkor, exploradas por Angelina Jolie no filme Tomb Raider. É óbvio que você não enfrentará bandidos ou vilões, mas a sensação de exploração ainda se faz presente ao encarar de frente uma cultura, uma região ou atividades que só iria presenciar nas telinhas e telonas, deixando o seu explorador interior babando.

O foco aqui é incentivar as pessoas a se aventurarem em um mundo desconhecido, fazer uma espécie de “viagem de descobrimento” que crie experiências diferentes e únicas para que, no seu retorno, possa trazer muito mais bagagem do que as levadas na partida. Aventure-se e, se for viajar, tente sair da mesmice e procure por experiências de deixar o cabelo em pé (no bom sentido)!


Por Pedro Nunes, Assistente de Marketing da DNA Turismo