Se você vai à Foz do Iguaçu e está se perguntando se vale a pena conhecer as cataratas do lado argentino, a resposta é: depende. Depende do tempo disponível que você tem para o destino, do orçamento (o lado argentino é pago em dólar ou peso) e, principalmente, do seu perfil de viagem. Quem é amante da natureza e das trilhas já pode se preparar e reservar dois dias de roteiro (um para cada lado das Cataratas do Iguaçu).
Para quem está na dúvida, neste post no Blog da DNA vamos explicar um pouco como são os parques e as trilhas para cada catarata, começando pelo lado brasileiro.
BRASIL
Apesar de ver as quedas d’água em diferentes mirantes no percurso, a trilha é única e chega na famosa Garganta Del Diablo, que é a maior queda de Foz. No lado brasileiro a gente vê a catarata “de baixo”, por isso muita gente leva capa de chuva para se proteger dos respingos, que são muitos mesmo. Mas a vista é indescritível! Após passar pela portaria do Parque Nacional do Iguaçu é necessário pegar um ônibus do próprio parque para chegar até as cataratas, já incluso no valor da entrada. Quem quiser ir direto até as quedas d’água deve descer na penúltima parada, em frente ao hotel Cataratas e caminhar pela trilha de 1,5 quilômetro até lá. Caso você ou alguém do seu grupo tenha alguma deficiência física ou problemas de mobilidade, vá até a última parada, onde há um elevador que desce até as passarelas. Para comer, há um restaurante buffet e lanchonetes dentro do parque, e na entrada do parque também há algumas opções de restaurante.
ARGENTINA
Já do lado argentino são três trilhas. A primeira é a menor e a mais procurada, pois ela passa por cima do rio em boa parte do caminho e culmina na Garganta Del Diablo (só que vista de cima). As outras duas trilhas são mais longas e bem no meio da natureza mesmo, e também proporcionam vistas incríveis das cataratas, com mais pontos de queda vistos que no lado brasileiro. Além de caminhar bastante, para se locomover dentro do Parque Nacional Iguazú você também utilizará o Tren de las Cataratas. Esse trem é como o da foto, só que em relação à conforto, comparado com o ônibus do lado brasileiro, não é lá dos mais confortáveis, até porque eles colocam quatro pessoas em um banco que normalmente deveriam sentar apenas três (rs). É só uma questão de logística para o trem transportar mais passageiros de uma vez só, seu passeio não será comprometido por causa disso, fique tranquilo! Para comer, há um restaurante com serviço de buffet e vários quiosques ao longo das estações do trem, porém as opções de lanches não são tão variadas e os preços são um pouco salgados, por isso é válido ter alguns snacks e água para passar o dia nas trilhas.
Por fim, no quesito aventura, a gente fala do passeio de barco que leva os turistas literalmente dentro das cataratas. O passeio brasileiro chama-se Macuco Safari e o Argentino é o Gran Aventura. Adrenalina aqui é o que não vai voltar nos dois passeios, mas se o seu espírito é aventureiro MESMO, o Gran Aventura é o mais indicado, pois o barco mergulha mais vezes nas quedas d’água e passa por mais quedas que o lado brasileiro.
Resumindo: para quem vai fazer um dia só de catarata, escolha o lado brasileiro (lógico, rs) devido à logística para nós brasileiros e a estrutura do parque, além da vista da chamada Garganta Del Diablo, que do lado brasileiro é mais próxima (apesar dos circuitos do lado argentino também se aproximarem bastante de algumas quedas d’água). Mas se o seu espírito aventureiro falar mais alto, vai voltar arrependido se não visitar os dois lados das cataratas. E ainda, se o seu espírito aventureiro for nível hard, feche com “chave de ouro” no bote do Gran Aventura.
