Coronavírus

Como lidar com o Coronavírus nas viagens

Com o avanço dos casos envolvendo o Coronavírus, todos envolvidos no ramo do turismo também estão em alerta. Tanto quem vai viajar, quanto companhias aéreas, hotéis e cruzeiros, estão tomando medidas de precaução. No Blog da DNA desta semana, vamos falar um pouco dos impactos do Coronavírus no turismo e como o viajante pode se proteger.

 

1 – O que é o Coronavírus?

A explicação é do Ministério da Saúde: “Coronavírus (CID10) é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31 de dezembro de 2019 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19)”

Os sintomas são febre associada a algum problema respiratório como tosse e dificuldade de respirar. Além disso, a pessoa com esses sintomas precisa ter visitado alguma das regiões afetadas nas duas semanas anteriores a aparição dos sintomas.

 

2 – Remarcar ou não a viagem?

Essa decisão é pessoal, porém a regra é bom senso.

O Ministério da Saúde do Brasil no momento desaconselha qualquer viagem para a China, a não ser casos de extrema necessidade. O próprio Ministro da Saúde também indicou que viagens à Europa deveriam ser evitadas. Hotéis, companhias aéreas e demais instituições ligadas ao turismo estão mudando seus procedimentos, o que também deve ser levado em consideração na hora de decidir viajar ou não.

Um exemplo é a Costa Cruzeiros, que está reforçando os procedimentos dentro dos navios, como averiguar a temperatura corporal de cada pessoa a bordo. Além disso, hóspedes, visitantes e tripulantes de qualquer nacionalidade que tenham viajado de, para ou atrás da China continental, Hong Kong e Macau nas duas semanas anteriores ao embarque, não estão autorizados a embarcar nos navios Costa.

Junto com o agente de viagem, é possível consultar as condições de remarcação e reembolso no caso dos viajantes com passagens marcadas para a Europa ou China. As possibilidades vão variar conforme cada hotel, companhia aérea e demais fornecedores.

Em entrevista ao Portal Panrotas, Magda Nassar, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), explicou sobre o papel do agente de viagem ao lidar estes casos de viagens para as regiões afetadas.

“O grande desafio no momento está com os fornecedores, e não com os agentes de viagens. A decisão sobre reembolsos é com eles e, no caso da China, viagens já estão sendo totalmente restituídas. No caso da Itália, se uma empresa não possibilita o reembolso ou a postergação da viagem, eu entendo que ela está se responsabilizando em relação à saúde do cliente. Estamos trabalhando para que todos sejam parceiros e que haja um entendimento pacífico e organizado entre todas as partes. Os bons agentes de viagens tirarão isso de letra”, comentou.

Para aqueles que mesmo assim decidam viajar, a recomendação do Ministério da Saúde é sempre prestar atenção às medidas de proteção básicas.

 

3 – Como se proteger?

 

A transmissão da maior parte das viroses respiratórias, como é o caso da COVID-19, acontece por meio de gotículas da saliva de pessoas infectadas. Então, a principal prevenção é evitar ficar muito próximo de pessoas que demonstrem sintomas como espirro e tosse, especialmente em áreas de grande aglomeração.

Os cuidados recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) incluem: lavar as mãos frequentemente, utilizar lenços descartáveis, cobrir nariz e boca quando tossir ou espirrar e evitar o toque direto nos olhos, nariz e boca.

Dentro do avião o risco não é maior, de acordo com David Powell, médico conselheiro da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). Conforme Powell, o ar dentro da cabine passa por filtros, iguais aos utilizados em salas cirúrgicas. Assim, o risco de contrair a doença dentro do avião é o mesmo que em qualquer outro lugar.

Se dentro do avião, alguém próximo estiver apresentando sinais de doença, é possível comunicar os comissários de bordo. Existem procedimentos estabelecidos que a equipe de bordo pode adotar para separar uma pessoa e minimizar o risco para outras, de acordo com Powell.

Além disso, de acordo com a OMS, o uso de máscaras é apenas eficaz para as pessoas doentes ou aquelas que estão cuidando de doentes.

 

4 – Não se esqueça do seu seguro viagem!

O seguro viagem garante o primeiro atendimento básico em hospitais, até casos emergenciais até o diagnóstico da doença. Porém, os custos associados a epidemias, pandemias e surtos de vírus não são cobertos pelas seguradoras. Isso não significa que, caso um viajante tenha algum problema com o Coronavírus, ele não receberá tratamento. O atendimento a vítimas de surtos de doenças, como a COVID-19, é estabelecido pela OMS em cada país.

 

Fontes: Ministério da Saúde, Costa Cruzeiros, Revista Viagem e Turismo, Panrotas, Organização Mundial de Saúde, IATA, Melhores Destinos