Diversão real ou virtual?!

Diversão real ou virtual?!

Não fazem nem muitos dias em que me encontrei lendo sobre a realidade virtual e algo chamou muito a minha atenção. Com a tecnologia se desenvolve de maneira exponencial, é fácil afirmar que o mundo irá se tornar cada vez mais próximo de filmes de ficção científica como Star Wars, Star Trek, o recente Ghost In The Shell ou o antigo Blade Runner. E algo comum a esses universos cinematográficos é a forma como a realidade virtual se mistura ao ambiente dos personagens. Se a vida (e a tecnologia) imita a arte, então é certo que, cada vez mais, a realidade virtual cresce e se funde ao nosso universo entediante e simplório ☹. E como não existe gente boba nesse mundo, o serviço de parques de diversão vem se tornando, cada vez mais, tecnológicos e virtuais, oferecendo experiências que arrepiam de tão reais.

Enquanto lia, primeiro me deparei com uma incrível montanha russa de realidade aumentada que, além de te balançar de um lado para o outro, de cima para baixo e de cabeça para baixo, ela coloca seus aventureiros em um universo subaquático perseguindo um lendário polvo gigante. A Kraken Unleashed, no Sea World, em Orlando, despertou meu interesse pela diversão em realidade virtual aumentada e me deixou louco para “mergulhar” nesse universo. Afinal, uma coisa é você colocar um óculos VR sentado e outra é você estar dentro de uma simulação que engana diversos sentidos ao te por de cabeça para baixo, fazer tremer, molhar, ouvir criaturas diferentes, sentir cheiros e, em certos casos, até responder a esses estímulos.



O Brasil também correu atrás de se atualizar e o Beach Park, maior parque aquático nacional localizado em Fortaleza, decidiu levar duas de suas atrações para o resto do país por meio de um simulador em realidade virtual. A experiência percorre diversas cidades do país como uma ação de marketing gratuita, possibilitando o público deslizar pelos tobogãs aquáticos do Vaikuntudo e Insano. A experiência simula a descida nos brinquedos e a única coisa que falta é você terminar ela todo molhado (acho que eles só não jogam água nas pessoas para dar o gostinho e vontade de querer fazer uma viagem para o parque).

O The Void é um parque de diversões totalmente virtual que, de tão incrível, me fez sonhar com ele. Já se imaginou vestindo e portando armas medievais ou futuristas, percorrendo labirintos, pilotando naves espaciais e, literalmente, interagindo com um universo que só se vê em seriados ou jogos? Essa é a proposta desse parque com filiais em Nova York, Utah e Toronto e pode acreditar: tudo funciona perfeitamente. A imersão ocorre dentro de enormes galpões mobiliados que são scaneados e cada estrutura se transforma em uma parte de um universo virtual acessível por um equipamento (óculos, luvas, armas falsas, etc.) portado pelo público. Ainda há o apoio de máquinas que fazem o chão tremer, jogam água nas pessoas, simulam sons ambiente, etc. Incrível, não? Nos últimos meses o parque ainda dispôs de uma parceria com a Sony e criaram uma área toda dedicada ao mais recente filme das Caça Fantasmas. Prepare-se para se banhar em ectoplasma...


Acho que vocês vão concordar comigo que o VR Zone Shinjuku é a melhor de todas as opções citadas, afinal, não é em qualquer lugar que você pode pilotar um kart dentro de um jogo de videogame tão consagrado quanto os do Super Mario. O complexo japonês possui 3.500 metros quadrados de atrações que misturam a realidade virtual com as sensações reais do público e isso não é tudo, todos os brinquedos são temáticos de importantes jogos, animações e filmes da atualidade. Como disse, você pode pilotar em uma intensa corrida contra o Mário, Luigo, Yoshi e outros personagens dessa franquia, participar de uma batalha ambientada nas animações de Dragon Ball, pilotar robôs gigantes de Gundan, se assustar em uma experiência de terror baseada no jogo Silent Hill e até relaxar em uma pescaria virtual ao fim do dia. São diversas atrações em uma verdadeira experiência de fliperama futurista.




Essas são só quatro experiências de realidade virtual aumentada que listei, mas pode ter certeza que essa tecnologia vai se espalhar e se desenvolver cada vez mais. Parques de diversão são só o início desse admirável mundo novo de diversão mais real que a própria realidade. Acho que logo, não vamos saber se estaremos em uma montanha russa de verdade ou dentro da Matrix. Daqui a alguns dias nos vemos de novo, talvez em um outro universo.


Por Pedro Nunes, Assistente de Marketing da DNA Turismo