Conhecendo o mundo sobre trilhos

Conhecendo o mundo sobre trilhos

Hoje em dia, viajar é sinônimo de passagens aéreas, hotel e passeios guiados. E se essas são as primeiras coisas que vêm em nossa mente quando se fala de passar alguns dias em viagem, talvez seja a hora de fugirmos do tradicional e quebrarmos esse estereótipo; afinal, nossos antepassados exploraram o mundo de formas que hoje quase não são utilizadas. Não digo para colocarmos uma mochila nas costas e fazermos um volta ao mundo a pé (apesar da ideia ser bem legal), mas para buscarmos outra forma diferente de conhecer lugares encantadores com conforto e luxo.

Se no início do século passado as viagens de trem eram as principais formas terrestres de percorrer grandes distâncias transportando um grande número de passageiros, hoje essas viagens se tornaram artigos mais sofisticados, percorrendo belas regiões e oferecendo uma agradável experiência durante o trajeto/deslocamento. Com isso em mente, separei 4 viagens que utilizam desse meio de transporte para encantar passageiros nos mais diversos cantos do nosso planeta.

O Canadá está no extremo Norte do continente americano e sua vegetação vai de campos nevados até florestas de tundra belíssimas. O Rocky Mountaineer é o trem que sai de Vancouver, no extremo Oeste do país e percorre as belas regiões de montanhas rochosas dirigindo-se ao centro canadense. A viagem dura dois dias e meio e passa por alguns dos lugares mais incríveis e de clima extremo Norte Americano como o Lake Louise e a ponte Stone Creek. E os passageiros poderão ver cada detalhe da paisagem pelas enormes janelas panorâmicas dos vagões enquanto tomam deliciosos chocolates quentes (uma delícia de viagem, não?).



Se estamos falando de clima gelado e chocolate quente, outra opção é a passagem pela ferrovia Transiberiana, na Rússia. Os russos são conhecidos por seu modo excêntrico de viver e os viajantes vão ter que assimilar um pouco disso para percorrer os quase 10 dias de viagem por mais de 9mil quilômetros de travessia pelo país (desde o leste europeu até o extremo Oriente). Mas a coragem de quem faz essa rota é recompensada pelas belas vistas e pela oportunidade de conhecer o interior russo, não muito explorado pelos turistas. O trem ainda conta com diversos tipos de cabines que se adaptam à necessidade do passageiro e ótima alimentação para os trechos entre paradas mais longos.



Do extremo Norte para o Sul da África, o Shongololo Express consagra algumas das melhores e mais famosas características do continente em um trem de luxo extremamente confortável. Além de percorrer a África do Sul, Botsuana e Zimbábue, a viagem conta com passeios por parques naturais e safaris ao longo dos seus 10 dias de duração. O trajeto termina em frente a segunda maior catarata do mundo, a Victoria Falls, e apresenta aos viajantes a impecável natureza africana. Já pensou em conhecer a África em uma viagem de trem luxuosa e impressionante?

Além de ser um destino super indicado para quem quer fazer um intercâmbio, a Nova Zelândia conta com o trajeto de trem mais rápido dessa lista. Apesar de durar apenas 4h e meia, o TranzAlpine compensa sua duração com algumas das mais belas áreas da ilha Sul do país e leva os passageiros da costa Oeste até Christchurch, na costa Leste. O trajeto passa por alguns pontos de interesse para os turistas como o Rio Waimakariri, as planícies de Canterbury e o Arthur’s Pass National Park e o passeio é ideal para dizer “oi” para a linda geografia neozelandesa.



Na certa, viajar de trem é uma experiência bem diferente, porém extremamente prazerosa. Se antigamente os trens eram desconfortáveis e feitos para as massas, hoje esse meio de transporte é, em sua maioria, destinado a passageiros que buscam aproveitar com conforto um trajeto belo e tranquilo. Sentar com calma, tomar uma boa bebida ou comer uma boa comida e olhar a paisagem passar pela janela pode ser uma memória que se difere das demais viagens que fazemos. Por isso, já é hora de irmos garantindo nossos tickets para esses ou algum dos outros diversos trens que existem por aí.
 

Por Pedro Nunes, Assistente de Marketing da DNA Turismo