Uma aventura em Manaus, por Bárbara

Uma aventura em Manaus, por Bárbara

Dois anos atrás eu passei um fim de semana em Manaus. Meu objetivo de viajar foi visitar amigos alemães que estavam em um cruzeiro que ficou atracado no porto de Manaus por dois dias. Já digo logo que um fim de semana não é suficiente para conhecer toda beleza manauara, só me deixou deslumbrada e com gostinho de quero mais. Além disso, aprendi muitas coisas novas, como por exemplo, que Manaus foi durante muito tempo o centro econômico do Brasil. Sabia que lá predominou a colonização francesa e que o prédio da alfândega até hoje ainda está pintado na tinta europeia original?  

Ah, e eu nadei com botos.  

Mas vamos por partes.  

A história 

Aqui no post já contei um pouco sobre como cresci na Alemanha. Esses meus amigos são um casal que conheci lá e que não via há uns bons anos. Quando eles reservaram o cruzeiro com a Silversea um ano antes, viram na rota que o navio ficava em Manaus um fim de semana e então organizamos toda a minha viagem para nosso reencontro.  

Na época, eu morava em Campo Grande, Mato Grosso do Sul (na região do Pantanal, fiquem no aguardo por um post sobre essa extensão) e o voo demorou quase um dia inteiro. Pasmem – o voo foi direto (!!!!) Haviam escalas sim, porém em nenhuma delas eu precisei descer da aeronave e eram coisa de 30, 40 minutos de espera. Isso até hoje me deixa impressionada.  

O clima 

A época em que fui para Manaus era começo de novembro, então estava em época de estiagem. Durante o fim de semana inteiro, não fui picada por um mosquito sequer. Porém, isso tem um lado negativo – quando não tem chuva, infelizmente não tem vitória régia nos rios.  

Fiquei hospedada em um hotel perto do porto, de onde dava para ir a pé até o navio. A viagem deles começou nos Estados Unidos, passou por Panamá, inclusive pelo Canal de Panamá e então entrou no Brasil por Santarém, em Belém até chegar em Manaus.  

O navio 

Para eu poder subir no navio, foi preciso comunicar ao capitão no início da viagem. E pra falar bem a verdade, não estava previsto desde o início eu entrar efetivamente no cruzeiro, nós iriámos nos encontrar em terra mesmo, mas meu amigo encontrou o capitão um dia no navio e perguntou se alguém de fora poderia visitar. E o capitão deixou, porque ele é um maravilhoso.  

As normas de segurança dos cruzeiros são surreais. Foi necessário pedir permissão para meio mundo de gente. Quando eu cheguei no porto, todo mundo para quem eu mostrava meu RG já tinha ouvido falar que alguém de fora ia entrar no cruzeiro. Até o motorista da van que leva os passageiros do navio para a terra sabia.  

Eu nunca tinha entrado em um cruzeiro antes e fiquei deslumbrada. Além da beleza, o serviço dentro de um navio é sensacional. Nós sentamos no deck e a sommelier apareceu do nada e me serviu um vinho que, nas palavras dela, “caia bem com o clima ameno daquela tarde de verão e ficaria ainda melhor acompanhado de doces feitos com frutas da estação”. Não objetei.  

 

O passeio 

O passeio começa na parte do porto onde ficam os navios menores que são usados como meio de transporte diário pelos moradores da cidade e da região. Ouvi uma conversa entre duas pessoas que disseram: “Aquela cidade fica só a um dia de barco daqui, pertinho”. Os barcos são aqueles que vêm com ganchos para redes. As redes ficam muito próximas uma da outra, então é comum viajar por dias e dormir em uma rede ao lado de um completo estranho dentro do barco.  

Nós fizemos um passeio que começou passando pelo encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Por ser período de seca, não estava aquele contraste preto e branco, mas ainda sim dava para ver bem a diferença entre as águas que não se misturam.  

 

De lá, o barco foi parar em um lugar no meio do rio que só tinha uns paletes flutuando. E botos. Muitos botos.  

Eis que ninguém tinha me dito que dava para nadar com os botos. E que tinham tantos botos. Então eu entrei na água de roupa e tudo mesmo e nadei com os botos, porque quantas oportunidades na vida a gente tem de nadar com botos, não é mesmo? 

Curiosidade: você sabia que o boto cor-de-rosa fica vermelho depois de adulto?

A mata 

Depois dos botos, fomos para dentro da floresta. Não chegamos de adentrar muito, até porque a trilha não fazia parte do nosso passeio. Passamos por uma parte da mata que normalmente em outras épocas estaria inundada, mas que por causa do período de estiagem dava para caminhar. E também não permanecemos muito tempo lá dentro porque logo de cara vimos uma sucuri e eu fiquei perguntando de cinco em cinco segundos para o guia quando nós íamos sair dali.  

Ficou curioso em conhecer a capital manauara? Então entre em contato com a DNA, que nossos agentes terão prazer de organizar sua viagem! 

por Bárbara Cavalcanti, assistente de marketing da DNA